terça-feira, 28 de junho de 2011

O amigo imaginário do seu filho merece respeito!


(Pedro): - Oi, puxa, como você demorou Lucy!
(Lucy): - (Silêncio)
(Pedro): - Tudo bem, tá desculpada. E se a gente brincasse de astronauta hoje?
(Lucy): - (Silêncio)
(Pedro): - Ahhh, você é sempre do contra Lucy...
(Lucy): - (Silêncio)
(Pedro): - Então a gente brinca de pique-pega, como você quer, e depois de astronauta, fechado?
(Lucy): - (Silêncio)
(Pedro): - Ahhhhh, te peguei! Tá com você agora! Háháhá...
(Lucy): - (Silêncio)
...
(Enquanto Pedro sai correndo pelo quintal, sozinho, sua mãe o observa da janela assustada e se pergunta: “Meu Deus, meu filho está tendo alucinações ou está vendo espíritos?”)

Nem um e nem outro. Ele apenas tem uma amiga imaginária – a Lucy! E isso, é um comportamento completamente normal, que se manifesta em algum período da infância de muitas crianças.

Estudos recentes apontam que 65% dos pequenos, em um dado momento da vida (geralmente, entre os 03 e 07 anos de idade), têm um amigo que ninguém vê. A prática é saudável e até benéfica, ainda revela a pesquisa, já que eles se tornam mais confiantes e articulados com o amigo invisível ao lado.

A criança é de uma capacidade ilimitada de brincar e imaginar, como já notamos todas nós mamães. Seu mundo é organizado e orientado pelo lúdico e brincadeira, o universo dos sonhos e possibilidades (principalmente quando estimuladas por familiares e ambientes de seu convívio). E o amigo imaginário, nesse contexto, é apenas uma das formas que muitos pequenos encontram para entender seu próprio mundo e as relações humanas.

Também, é uma maneira que a criança encontra para se expressar, expor suas ideias e sentimentos como alegria, raiva e tristeza. Enfim, o amigo imaginário é um apoio ao seu desenvolvimento, que pode tomar forma também em uma fraldinha, um ursinho, cobertor, animal de estimação, brinquedo...

Geralmente, o amigo imaginário “vai embora” por volta dos 6 e 7 anos de idade, quando a criança passa a ter uma vida social mais ativa – escola e atividades em grupo – e firmar laços de amizade com outras crianças. Nisso, o amigo imaginário só deve ser motivo de preocupação dos pais se o filho insistir sistematicamente em viver no mundo da fantasia.

Caso contrário, deixe seu filho curtir esse período da vida de plena magia e criatividade com a Lucy, o João, a Marlete, o Churry, o Trovão, a Chiquita...

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